quarta-feira, 3 de julho de 2013

Um Estranho no Ninho.

Desde que assisti o filme O Iluminado, pensei comigo mesma: "Nossa, o Jack Nicholson está com cara de louco neste filme!" O comentário fez todo o sentido, já que Nicholson interpreta Jack Torrance, um homem que fica enclausurado com sua família em um hotel no inverno e com o passar dos dias vai enlouquecendo, voltando-se contra sua mulher e filho. Era necessário um ator com poder de interpretação impetuoso, e ele era o ator certo para isso.

À partir daí, comecei a notar que Jack Nicholson tem os trejeitos de louco, até mesmo quando não interpreta um. Exemplo clássico é o personagem George Hanson em Sem Destino (Easy Rider), onde faz um advogado amável. Com este papel, concorreu ao Oscar de melhor ator coadjuvante em 70, perdendo para Gig Young, que atuou em A noite dos desesperados com Jane Fonda, irmã de Peter Fonda, um dos atores principais de Sem Destino (que coincidência!!!).

Se no papel citado acima, Nicholson não interpretou um louco, no ano de 1975, interpretou um homem que queria se passar por louco (???). Isso mesmo, em 1975, ele interpretou Randall Patrick McMurphy em Um Estranho no Ninho (One Flew Over the Cuckoo's Nest) dirigido pelo diretor checo Milos Forman e produzido pelo ator Michael Douglas.
http://www.adorocinema.com/

O filme nos conta a história de McMurphy, um homem agressivo e preguiçoso que se finge de louco para que possa ser transferido para um hospital psiquiátrico, livrando-se assim dos trabalhos da prisão. No início de sua internação, ele confronta a enfermeira chefe Mildred Ratched (interpretada por Louise Fletcher) que trata os pacientes de forma intransigente, assim como os demais funcionários do hospital. O que McMurphy não premeditava era que sua revolta poderia resultar em um fim trágico.

À partir deste conflito, nos são apresentados os personagens que formam o restante do núcleo e nos deliciamos com as maravilhosas interpretações dos iniciantes Brad Dourif, Danny DeVito, Christopher Lloyd e Will Sampson.

http://insolitacasadeartes.blogspot.com.br/

Milos Forman voltou a dirigir Nicholson em A difícil Arte de Amar em 1986 e Danny DeVito em O Mundo de Andy, de 1999. Ele também dirigiu outros grandes filmes como Amadeus e O Povo Contra Larry Flint.


O filme ganhou o Oscar de 1976 nas seguintes categorias: melhor ator (Jack Nicholson), melhor diretor, melhor filme, roteiro adaptado e melhor atriz (Louise Fletcher). Ainda foi indicado nas categorias de fotografia, edição, trilha sonora e melhor ator coadjuvante (Brad Dourif). Outros dois clássicos concorreram ao Oscar de melhor filme neste ano: Tubarão, de Steven Spielberg e Um Dia de Cão, de Sidney Lumet (outro filme espetacular).

E você, qual é sua escolha de melhor filme do Oscar de 1976?

Beijos!

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