domingo, 4 de agosto de 2013

Mártires.

Olá pessoal, tudo bom?

Há alguns filmes que tem a capacidade incrível de perturbar e horrorizar o público, deixando para os telespectadores infindáveis discussões sobre tema, pontos de vistas e interpretação. O filme Mártires (Martyrs), com certeza, é um destes filmes...
http://discutindocinema.blogspot.com.br
O filme começa com uma criança, chamada Lucie, correndo por um terreno abandonado, chorando, gritando, fugindo do seu cativeiro e de seu passado de tortura e abusos psicológicos. Lucie é acolhida em um abrigo de menores, onde Anna, outra criança do abrigo,  se sensibiliza com sua estória e torna-se sua amiga, sua única amiga. Anna tenta, de todas as formas, livrar sua nova amiga do medo e terror que a aflige, a visão de uma mulher deformada e as lembranças do período do cativeiro... 

15 anos depois, Lucie buscará por vingança...

Uma família comum conversa sobre seus problemas rotineiros enquanto apreciam seu café da manhã. A campainha toca, o pai abre a porta e depara com uma garota com uma arma, a garota era Lucie. Ela atira e mata o pai, entra na casa e encontra a família perplexa com a violência gratuita praticada contra o seu progenitor. À partir daí, todos na casa pagam com sua vida pelo erro que alguém cometeu com esta garota no passado. Mas quem cometeu este erro? Como ela pode acreditar que aquela família é responsável pelos momentos de terror que a traumatizaram?

http://kusanaki.fr
Lucie, impassível em relação a atrocidade que cometeu, liga para Anna, contando o que havia feito e pedindo sua ajuda. Anna então segue para a casa da família assassinada. Anna fica horrorizada com o que Lucie fez à família, porém não sabia que viveria um horror maior do que o praticado contra sua amiga, Lucie...

À partir disto, o filme torna-se extremamente perturbador, com cenas chocantes e agoniantes. É perturbador ver o que o ser humano é capaz, o quanto extremista, desumano e perverso ele pode ser quando segue uma ideologia ferozmente. É angustiante também ver como alguns personagens ficam resignados em relação ao que é praticado contra eles.

O filme foi lançado em 2008, sob a direção do francês Pascal Laugier, que além de dirigir, também fez o roteiro do filme. O elenco conta também com a belíssima Mylène Jampanoï, como Lucie e Morjana Alaoui como Anna.

Um ótimo filme onde enredo é muito bem sustentado até o fim. Indicado para pessoas que gostam de filmes controversos, polêmicos e perturbadores. Devido as cenas fortes, não é indicado para pessoas sensíveis.

Espero que tenham gostado...

Beijos

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Um Drink no Inferno.

Olá pessoal, tudo bom?

Lembro-me, de no auge da minha adolescência, ter assistido a um filme que ajudaria a definir meu gosto cinematográfico atual, este filme foi Um Drink no Inferno.
Um Drink no inferno, lançado em 1995 conta com a direção do americano Robert Rodriguez (Predadores, El Mariachi, A Balada do Pistoleiro, entre outros).

Este clássico do Cinema Trash traz em seu elenco o galã George Clooney (ER, Onze homens e um segredo, Doze homens e outro segredo, Treze homens e um novo segredo), Juliette Lewis (Gilbert Grape, Cabo do medo, Assassinos por natureza), Salma Hayek (Traffic, Frida, Studio 54) e o grande ícone do cinema cult, Harvey Keitel (Cães de Aluguel, O Piano, Pulp Fiction), e o ídolo do cinema Trash, Cult, B ator/diretor/roteirista Quentin Tarantino (Cães de aluguel, Pulp Fiction, Bastardos inglórios), que além de atuar neste filme, também o escreveu.

O filme conta a história de dois irmãos ladrões e assassinos, Seth Gecko (Clooney) e Richie Gecko (Tarantino). Após um assalto a banco, eles tentam ir para o México, então, no caminho, sequestram o ex-pastor Fuller (Keitel) e seu casal de filhos, pois uma família não despertaria suspeitas nos guardas da fronteira. Após entrarem no México, os irmãos Gecko vão se encontrar com Carlos, um bandido que facilita as coisas para fugitivos americanos mediante uma comissão. O lugar marcado para se encontrarem? Um bar chamado Titty Twister. O lugar ferve com suas dançarinas exóticas dançando nas mesas e uma banda mexicana com seu som lascivo e riffs de guitarra potente. Seria o lugar perfeito para os loucos irmãos Gecko, porém, algo inimaginável acontece no bar...

À partir disso, nos divertimos com o derramamento de sangue absurdo e  efeitos especiais mesquinhos. Mas acreditem em mim, isso torna o filme mais interessante. Além de deixar o filme com um Q de comédia deixa claro a intenção de manter o estilo adotado tanto pelo roteirista quanto pelo diretor.

A impetuosidade dos irmãos Gecko os tornam vilões extremamente carismáticos. Apesar de Richie ser um homem nocivo, pervertido e imbecil, nos simpatizamos com ele quase que imediatamente. Isso é um fator comum em alguns dos roteiros de Tarantino. Nos afeiçoamos ao Coronel Landa, ao Mickey e Mallory Knox, Calvin Candie, Marcellus Wallace, e isso se dá ao fato de que nem os mocinhos dos filmes de Tarantino são pessoas inofensivas. Em seus filmes, os bonzinhos também matam, sentem ódio e se vingam.

Um Drink no Inferno também é o início da parceria Robert Rodriguez/Danny Trejo, que viria a render Machete, Machete Kills (que será lançado em Set/13), A Balada do Pistoleiro , Era Uma Vez no México, Planeta Terror, entre outros.

Um Drink no Inferno diverte sem se dar ao trabalho de ser pretensioso. Super indicado para os amantes de filmes trash/B e afins.

Espero que tenham gostado!!

Beijos!

terça-feira, 16 de julho de 2013

Donnie Darko.

28 dias, 6 horas, 42 minutos e 12 segundos. É quando o mundo acabará...Com este diálogo, começa a aventura de Donnie Darko, rumo ao desconhecido, rumo ao seu destino.

Final de 1988. Donnie Darko (Jake Gillenhaal) é um jovem extremamente inteligente, porém insociável. Ele sofre de sonambulismo e, por isso, toma remédios para controlar seu estado, indicados por sua psiquiatra. Donnie não segue o tratamento e passa a ter visões de um coelho gigante, chamado Frank, que após salvar sua vida, lhe diz que o mundo acabará. Com isso, Frank incita-o a fazer coisas aparentemente sem sentido, mas tudo tem um motivo...
cinemadan.com

Em paralelo a tentativa de Donnie de descobrir o motivo de estar tendo estas visões, há a tensão familiar devido seu estado mental, pois ele demonstra alguns traços de esquizofrenia. 

Donnie está envolto, em sua escola, por uma série de personagens com características bem distintas. O jovem casal de professores liberais Karen Pomeroy (Drew Barrymore) e Kenneth Monnitoff (Noah Wyle), que são carismáticos e se afeiçoam aos seus alunos. Jim Cunningham (Patrick Swayze) um homem dissimulado que prega um programa de mudança de comportamento. Kitty Farmer (Beth Grant) uma professora intransigente e extremamente conservadora, entre outros.

Em sua busca pela verdade, Donnie se vê envolvido com uma velha eremita, teorias de viagem no tempo e com uma garota de sua escola, a bela Gretchen Ross, que o ajudará em sua busca por respostas.
intratecal.wordpress.com
Donnie Darko foi lançado em 2001 e conta com um elenco de estrelas. Drew Barrymore (que além de atuar, produziu o filme), Jake e Maggie Gyllenhaal, Patrick Swayze, Noah Wyle, entre outros, atuam neste aclamado clássico cult. O filme foi escrito e dirigido por Richard Kelly, que apesar de ser um estreante no mercado cinematográfico, escreveu-o e dirigiu-o de um modo fantástico e magnífico.

Além dos atores mais aclamados citados, há os atores estreantes, que posteriormente viriam a fazer sucesso, seja no cinema, seja na música. São eles:
 
- Seth Rogen: Ator canadense que atua em filmes de fantasia e comédia como As Crônicas de Spiderwick, Ligeiramente Grávidos, O Virgem de 40 Anos, Superbad, entre outros.

- Daveigh Chase: Atriz americana. Daveigh interpretou a inofensiva Samantha, irmã de Donnie Darko, e 1 ano depois, interpretou a tão temida Samara de O Chamado.

- Alex Greenwald: Ator, modelo e músico americano. Fez sucesso posteriormente, com a banda Phantom Planet, cujo maior sucesso é a canção California, música usada como tema da série adolescente The O.C.

A trilha sonora, sabiamente escolhida para o filme, contribui para que fiquemos imersos neste clima nostálgico. Canções como The Killing Moon do Echo and The Bunnymen (Lembra do coelho do filme?Coincidência?), Notorious do Duran Duran e Love Will Tears Us Apart do Joy Division, entre outras, nos transportam, mentalmente, para os anos 80.

Sem mais palavras, é um ótimo filme. Não é grandioso, mas quem diz que um bom filme tem que ser? Seu conteúdo é original, é obscuro. Mesmo não estando em evidência, recomendo que assistam a este clássico...

Beijos!!!

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Daniel Day-Lewis.

Há alguns anos, li um maravilhoso romance do checo Milan Kundera, chamado A Insustentável Leveza do Ser. Fiquei feliz ao saber que fora realizado um filme inspirado neste livro e consegui assistir ao tão esperado trabalho. Foi uma grata surpresa, quando vi que o personagem principal, Tomas, fora interpretado pelo ator britânico Daniel Day-Lewis, pelo qual nutri uma profunda simpatia, depois de vê-lo atuando em O Último dos Moicanos, As Bruxas de Salém e Gangues de Nova York.


Agora, falarei resumidamente sobre filmes de Daniel Day-Lewis que assisti. Espero que o texto consiga expressar a minha admiração por este ator fenomenal.


 - A Insustentável Leveza do Ser (The Unbearable Lightness oh Being): Lançado em 1988, sob direção de Philip Kaufman. O filme nos conta a história de um triângulo amoroso, formado por Tomas (Daniel Day-Lewis), Teresa (Juliette Binoche) e Sabina (Lena Olin) em meio a tensão política instaurada em Praga nos anos 60. Ficou conhecido pela cena sensual, em que Lena Olin posa para Juliette Binoche. O filme foi indicado ao Oscar de Melhor Fotografia e Roteiro Adaptado.

  - Meu Pé Esquerdo (My Left Foot): Meu favorito. Trata-se de um drama, baseado na autobiografia de Christy Brown, deficiente físico que utilizava seu pé esquerdo, único membro do corpo que conseguia controlar, para se expressar artisticamente, tornando-se escritor e artista plástico. Lewis retratou a deficiência de Brown de uma forma sensível e emocionante. A magnífica atuação de Daniel Day-Lewis rendeu-lhe o Oscar de Melhor Ator, assim como o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante para Brenda Fricker . O filme ainda foi indicado a outras 3 categorias: Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Diretor (Jim Sheridan). O diretor voltou a dirigir Lewis no filme Em Nome do Pai, lançado em 1993. O filme repetiu a façanha de Meu Pé Esquerdo e foi indicado novamente para as mesmas categorias. Concorreu também ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Edição. Podemos dizer que a parceria Sheridan-Lewis dá ótimos frutos, não é mesmo?


 - O Último dos Moicanos (The Last of the Mohicans): Lançado em 1992, esta aventura foi baseada no livro de James Fenimore Cooper. Em meio a disputa de terras entre franceses e ingleses, nasce o amor entre Hawkeye, um jovem branco adotado pelos moicanos, e Cora, filha do general inglês. O filme é muito bonito e conta com uma paisagem fascinante.


 - A Época da Inocência (The Age of Innocence): Sob a direção de Martin Scorsese, talvez seja o mais despretensioso dos filmes citados. Acredito que a falta de emoção dá-se por se tratar de uma obra que relata as futilidades de uma sociedade antiquada, mesquinha e manipuladora, onde esconder os sentimentos era crucial para manter as aparências. Lewis interpreta Newland Archer, um jovem advogado carismático e culto, apaixonado por sua noiva, May (Winona Ryder), porém seus sentimentos mudam, quando a prima de sua noiva retorna à Nova York.


 - As Bruxas de Salém (The Crucible): Filme lançado em 1996, baseado na obra de Arthur Miller. O filme narra os eventos que desencadearam os últimos julgamentos por bruxaria na América do Norte. Lewis atua novamente com Winona Ryder.


- Gangues de Nova York (Gangs of New York): O mais comercial de todos os filmes citados. Lançado em 2002, Lewis é novamente dirigido por Martin Scorsese. O filme conta a história de Amsterdam Vallon (Leonardo DiCaprio) empenhado na vingança contra o homem responsável pela morte de seu pai. Lewis interpreta o perverso Bill Cutting, um mafioso que influencia a política local. Outra ótima atuação de Lewis. O filme foi indicado a 10 categorias no Oscar de 2003, porém não ganhou nenhuma.


 - Lincoln: Belíssimo filme lançado em 2012, que angariou dois prêmios do Oscar de 2013: Melhor Ator para Lewis e Melhor Direção de Arte. O filme narra a convivência de Lincoln com seu familiares e em paralelo, sua atuação para o fim da Guerra Civil. Interpretações carismáticas de Sally Field e Tommy Lee Jones tornam o filme memorável. Liam Neeson fora cotado para fazer o papel de Lincoln, porém não aceitou o papel.


No total Daniel Day-Lewis já foi premiado 3 vezes pela Academia como Melhor Ator, sendo o prímeiro e único a atingir esta façanha.

Há algum outro filme de Daniel Day-Lewis que vocês já assistiram?

Beijos.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Um Estranho no Ninho.

Desde que assisti o filme O Iluminado, pensei comigo mesma: "Nossa, o Jack Nicholson está com cara de louco neste filme!" O comentário fez todo o sentido, já que Nicholson interpreta Jack Torrance, um homem que fica enclausurado com sua família em um hotel no inverno e com o passar dos dias vai enlouquecendo, voltando-se contra sua mulher e filho. Era necessário um ator com poder de interpretação impetuoso, e ele era o ator certo para isso.

À partir daí, comecei a notar que Jack Nicholson tem os trejeitos de louco, até mesmo quando não interpreta um. Exemplo clássico é o personagem George Hanson em Sem Destino (Easy Rider), onde faz um advogado amável. Com este papel, concorreu ao Oscar de melhor ator coadjuvante em 70, perdendo para Gig Young, que atuou em A noite dos desesperados com Jane Fonda, irmã de Peter Fonda, um dos atores principais de Sem Destino (que coincidência!!!).

Se no papel citado acima, Nicholson não interpretou um louco, no ano de 1975, interpretou um homem que queria se passar por louco (???). Isso mesmo, em 1975, ele interpretou Randall Patrick McMurphy em Um Estranho no Ninho (One Flew Over the Cuckoo's Nest) dirigido pelo diretor checo Milos Forman e produzido pelo ator Michael Douglas.
http://www.adorocinema.com/

O filme nos conta a história de McMurphy, um homem agressivo e preguiçoso que se finge de louco para que possa ser transferido para um hospital psiquiátrico, livrando-se assim dos trabalhos da prisão. No início de sua internação, ele confronta a enfermeira chefe Mildred Ratched (interpretada por Louise Fletcher) que trata os pacientes de forma intransigente, assim como os demais funcionários do hospital. O que McMurphy não premeditava era que sua revolta poderia resultar em um fim trágico.

À partir deste conflito, nos são apresentados os personagens que formam o restante do núcleo e nos deliciamos com as maravilhosas interpretações dos iniciantes Brad Dourif, Danny DeVito, Christopher Lloyd e Will Sampson.

http://insolitacasadeartes.blogspot.com.br/

Milos Forman voltou a dirigir Nicholson em A difícil Arte de Amar em 1986 e Danny DeVito em O Mundo de Andy, de 1999. Ele também dirigiu outros grandes filmes como Amadeus e O Povo Contra Larry Flint.


O filme ganhou o Oscar de 1976 nas seguintes categorias: melhor ator (Jack Nicholson), melhor diretor, melhor filme, roteiro adaptado e melhor atriz (Louise Fletcher). Ainda foi indicado nas categorias de fotografia, edição, trilha sonora e melhor ator coadjuvante (Brad Dourif). Outros dois clássicos concorreram ao Oscar de melhor filme neste ano: Tubarão, de Steven Spielberg e Um Dia de Cão, de Sidney Lumet (outro filme espetacular).

E você, qual é sua escolha de melhor filme do Oscar de 1976?

Beijos!

terça-feira, 2 de julho de 2013

Ninguém é Perfeito (Flawless).

Olá cinéfilos (as),

Considerado um dos melhores atores da atualidade, Robert de Niro representou, por diversas vezes no cinema, personagens instáveis, como Travis Bickle em Taxi Driver, Jake LaMotta em Touro Indomável e Al Capone em Os Intocáveis, entre outras obras. Há também em sua extensa carreira, filmes mais leves, com contexto menos desafiador que o dos filmes citados. Ninguém é Perfeito é um destes filmes...

www.movieposterdb.com
 Lançado em 1999, sob direção de Joel Schumacher (Um Dia de Fúria, Os Garotos Perdidos, Tempo de Matar, entre outros sucessos) e produzido pela TriBeCa Productions (produtora do próprio Robert de Niro), o filme nos conta a história da amizade que nasce entre um policial aposentado chamado Walt (Robert de Niro) com uma drag queen (interpretado por Philip Seymour Hoffman) chamada Rusty.

Walt é um homem humilde e gentil, porém homofóbico, que tem problemas de convivência com seu vizinho, o sensível Rusty, que dá aula de canto para suas amigas e faz shows no clube noturno Femme Fatale.

Após sofrer um derrame, Walt fica com parte do corpo paralisado, ocasionando, além das limitações de locomoção, dificuldade em falar. Então ele procura seu vizinho Rusty, para que este o dê aulas de canto para melhora do seu problema de comunicação.

No início, qualquer respeito parece impossível, pois Walt ataca ofendendo Rusty e este o força para que siga com os exercícios de fala, porém aos poucos Walt vai cedendo, dando espaço para que Rusty possa, além de trabalhar com sua limitação, tornar-se um grande amigo.

http://www.imdb.com/

Não é uma das melhores atuações de Robert de Niro, e nem de Philip Seymour Hoffman (que alíás, foi demasiadamente carismático) , mas vê-los atuando juntos foi uma experiência agradável.

Apesar do filme ser denominado como drama, acho que se enquadra também como comédia. As provocação entre Walt e Rusty são engraçadas e tornam o filme mais interessante do que se fosse tratado somente pela visão do preconceito e do sofrimento de Walt com suas limitações.

Na sua opinião, qual a melhor atuação de Robert de Niro?

Beijos!

sábado, 29 de junho de 2013

Time - O amor contra a passagem do tempo.

Sabe quando você assiste ao trailer de um filme e fica extasiada(o) com o que vê, ficando sem palavras para descrever o que sentiu? Tive esta sensação instigante quando vi o trailer do filme Time - O amor contra a passagem do tempo (Shi gan) sob direção do sul-coreano Kim Ki-Duk.


Felizmente, quando assisti o filme, todas as minhas expectativas foram superadas. A história é um pouco mais estranha do que aparenta no trailer, o que me agrada absurdamente, pois filmes que brincam na linha entre a aceitável e o bizarro são os que mais me chamam a atenção.

O filme nos conta a história de Seh Hee e Ji Woo, um casal que passa por uma crise no relacionamento, agravada pela insegurança de Seh Hee, pois se acha sem graça e acredita que este fato faz o namorado olhar para outras mulheres. Cansada de se sentir insegura, ela termina o relacionamento e planeja uma mudança. O que ela não havia premeditado, era que essa mudança daria um fim trágico a essa história de amor.

 
O amor de Seh Hee é extremo, é tão passional que você acaba criando uma certa afinidade por essa mulher desesperada, e acredito que seja este fato que me fez gostar tanto deste filme, pois ele deixa implícita a seguinte questão: "O que você seria capaz de fazer por amor?".

Uma dica: caso assistam, prestem muita atenção a primeira e a última cena, talvez vocês fiquem tão ou mais extasiados que eu com a conexão de fatos que foi feita.

Espero que tenham gostado.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O Grande Gatsby (1974).

Olá pessoal, tudo bem com vocês???

Há, na história do cinema, algumas obras que ultrapassam gerações e que sempre serão lembradas, seja por suas atuações memoráveis, pelo roteiro bem construído e pelo contexto histórico. Em minha humilde opinião, O Grande Gatsby (The Great Gatsby), lançado em 1974, está entre estes grandes filmes que merecem nossa eterna atenção.

O filme foi baseado na obra do grande escritor americano F.Scott Fitzgerald. Publicada em 1925, não teve sua devida atenção devido os tempos nebulosos que viriam (Crise de 1929 e 2ª Guerra Mundial). Entretanto, em 1945 o romance foi republicado e atingiu seu sucesso, sendo considerado o grande romance americano. Fitzgerald fazia parte de um grupo de grandes escritores, entre eles, Ernest Hemingway, James Joyce, Gertrude Stein entre outros que eram apelidados de Geração Perdida. Tratava-se de um grupo de escritores que viviam pra Paris nos efervescentes anos 20, onde dividiam o espaço do salão com bandas de jazz e com as melindrosas. Este período foi denominado como A Era do Jazz e retratado em livros de Hemingway: "Paris é uma Festa" e "O Sol também se levanta".

Se vocês ainda não desistiram de me acompanhar nas divagações, acreditem, elas não são tão sem sentido quanto aparecem ser...

O filme nos apresenta o triângulo amoroso entre o misterioso Jay Gatsby, Daisy Buchanan e Tom Buchanan (interpretados respectivamente pelo magnífico Robert Redford, Mia Farrow e Bruce Dern) no tórrido verão de 1922, regado dos excessos da alta sociedade norte-americana, ciúmes e infidelidades que os afetarão de forma trágica. O filme é interpretado primorosamente por Redford, Farrow e Dern, mas os atores coadjuvantes também nos encantam com suas belas interpretações.

Mas o que este filme tem de tão espetacular? Vocês devem estar se perguntando, e eu lhes digo que são vários os motivos. As cenas das festas promovidas por Gatsby são exatamente o que minha imaginação almejava em relação a boêmia Era do Jazz, todo o seu glamour, seus excessos, sua passionalidade são retratadas de forma de forma instigante.

O romance entre Daisy e Gatsby é retratado de uma forma bela e única, como se o amor dos dois fosse a única coisa que valia ser a pena salva em todo aquele mundo de orgulho, egoísmo e futilidade...


O figurino utilizado também merece nossa atenção, ele é extremamente fiel ao utilizado nos anos 20, o que o torna mais especial.

Vela citar que o lançamento de O Grande Gatsby em 1974 contrabalanceou a safra de lançamento de filmes deste ano, como os clássicos O Poderoso Chefão - Parte II, A Conversação e Chinatown, com temáticas totalmente diferentes.

E quanto a versão de 2013, vocês já a assistiram?

Espero que tenham gostado.

Beijos.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

El galán argentino.

Olá pessoal, tudo bem??

Tive gratas surpresas, quando há 3 anos atrás, assisti a um filme argentino chamado "Nove Rainhas (título original: Nueve Reinas). A primeira surpresa era que eu já havia visto algo igual, só não me recordava o quê exatamente. Foi aí que pesquisando, verifiquei que a lembrança quase inexistente se tratava do filme norte-americano 171, lançado em 2004, que era um remake do Nove Rainhas que fora lançado em 2000. A segunda surpresa, era justamente pelo fato do filme ser latino-americano. Eu (que me envergonho absurdamente do que direi a seguir) não gostava do cinema latino, simplesmente por ter me frustrado com meia dúzia de filmes que não atingiram minhas expectativas. A terceira e melhor surpresa, foi conhecer um ator, ou melhor, um ator não, o ator, Ricardo Darín. Vocês entenderam minha fascinação e satisfação nas próximas linhas...
http://conexaobuenosaires.wordpress.com

O até então desconhecido ator Ricardo Darín (desconhecido para mim, pois ele já havia conquistado uma carreira de sucesso) me encantou com sua atuação rica, sagaz de um malandro que acaba caindo nas graças do público. Foi aí que notei o quanto injusta eu havia sido generalizando a falta de qualidade do cinema latino. O cinema latino-americano tem sua relevância e vem provando isso nos últimos anos.

À partir daí, tive outras gratas surpresas com a atuação deste magnifico ator. Citarei as mais relevantes em minha opinião e farei somente um breve resumo, senão o post ficará demasiadamente grande.

- Nove Rainhas: Como citei, foi o primeiro filme dele que assisti. O roteiro foi utilizado para a realização do filme 171, mas não foi tão bem interpretado, a versão americana é menos interessante que a argentina e os atores não convencem, com exceção da Maggie Gyllenhaal.

 - El Aura: Darín interpreta um taxidermista tímido que sofre de epilepsia, mas ele tem um sonho, realizar o crime perfeito. Este é o que menos me impressionou, não tem tensão suficiente para um suspense.



- O Filho da Noiva: Belíssimo filme que conta a história de um homem bom, mas amargurado com o rumo que tomou sua vida. Após sofrer um infarto, passa a rever suas escolhas, e tudo muda quando seu pai lhe pede ajuda para um plano inusitado. Concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2002, perdendo para O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, com Audrey Tautou.



- O Segredo dos Seus Olhos: Um crime bárbaro aflige um investigador por 25 anos, inspirando-o a escrever um livro. As lembranças sobre o caso lhe trazem a angústia de um amor que não poderia ser vivido. Filme emocionante, ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2010. Traz um belíssimo take de um jogo entre o Racing e o Huracán. Há também o mistério que envolve uma palavra, TEMO...


- Um Conto Chinês: Comédia sobre um homem rabugento que tem uma loja de ferragens e coleciona notícias absurdas. Sua vida muda quando um chinês que não sabe falar uma só palavra em espanhol cai aos seus pés na rua. Ele sente-se na obrigação de ajudar o chinês a encontrar seu único parente vivo, que mora na Argentina.

 - XXY: Drama sobre uma família que muda com muita frequência para não expor seu filho Alex, que é hemafrodita. Um casal de amigos vai visitá-los e leva seu filho adolescente. A tensa relação entre o adolescente e Alex desencadeará em mudanças nas vidas de todos envolvidos. O tema é original e o roteiro idem, as atuações dos atores é mediana, com exceção de Darín, que salva o filme interpretando o pai de Alex.

Ricardo Darin já atuou em 4 filmes do diretor Juan José Campanella (também argentino), 2 citados acima (O Filho da Noiva e O Segredo dos Seus Olhos) e El Mismo Amor, La misma Lluvia e Luna de Avellaneda.

E vocês, já assistiram a algum outro filme do Ricardo Darín que tenha impressionado?

Beijos

Primeiro Post...

Olá pessoal, tudo bem??

Este é o meu primeiro post neste Blog, que foi criado para que possamos compartilhar informações sobre essa arte tão magnífica e extraordinária que é o Cinema. Arte que nos desperta fascinação e nos seduz cada vez mais.

Espero que gostem e que compartilhem suas opiniões aqui, para que possamos conhecer um pouco mais sobre este rico tema.

Para começar com chave de ouro, aqui vai uma citação de um dos maiores gênios do cinema, Jean-Luc Godard.

"O cinema não é um ofício. É uma arte. Cinema não é um trabalho de equipe. O diretor está só diante de uma página em branco."

Beijos